Bem-vindo moçada!!!

Esse é o blog "BerLanDe"!!!

É a literatura misturada com imagens, sons, vidios, arquiteturas, e várias outras coisa ae!!
fiquem de olho!!
Abraço D2!!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sagarana!

Livro de contos de Guimarães Rosa, que ficou em segundo em um concurso literário. O autor foi diminuindo as páginas ,de 500 para tresentose poucas, "enxugando" os contos até virar esse livro interessante que conta várias histórias do interior de Minas Gerais, Goias, entre outros estados brasileiros! LEIAM!!



1. O BURRINHO PEDRÊS

Sete de Ouro, um burrinho já idoso é escolhido para servir de montaria num transporte de gado. Um dos vaqueiros, Silvino , está com ódio de Badu , que anda namorando a moça de quem Silvino gostava . Corre o boato entre os vaqueiros, de que Silvino pretende vingar-se do rival. De fato Silvino atiça um touro e o faz investir contra Badu que , porém, consegue dominá-lo. Os vaqueiros continuam murmurando que Silvino vai matar Badu. A caminho de volta, este , bêbado , é o último a sair do bar e tem que montar no burro. Anoitece e Silvino revela a seu irmão o plano de morte. Contudo, na travessia do Córrego da Fome, que pela cheia transformara-se em rio perigoso, vaqueiros e cavalos se afogam . Salvam-se apenas Badu e Francolim , um montado e outro pendurado no rabo do burrinho.
"Sete de Ouros", burro velho e desacreditado, personifica a cautela, a prudência e a muito mineira noção de que nada vale lutar contra a correnteza.

2. TRAÇOS BIOGRÁFICOS DE LALINO SALÃTHIEL ou A VOLTA DO MARIDO PRÓDIGO :
Lalino “trabalha” no corte de terra para o aterro de uma estrada. Resolve ir para o Rio de Janeiro (Vai e se esbalda). Quando volta encontra a mulher (Maria Rita) amasiada com Ramiro um espanhol que lhe emprestrou um dinheiro para a viagem, pede ajuda a Oscar, filho do Major Anacleto, que lhe arranja um emprego de cabo eleitoral na campanha do Major. Lalino usa toda a sua lábia para convencer os eleitores e consegue. Assim o Major acaba expulsando os espanhóis e unindo Maria Rita e Lalino.

3. SARAPALHA
A sazão (febre/malária) avança por um povoado às margens do Rio Pará. As pessoas abandonam o povoado deixando tudo para trás, as que não se vão morrem. O Mato toma conta do povoado,Primo Argemiro e Primo Ribeiro observam a doença avançar em si mesmos. Ribeiro faz Argemiro prometer enterrá-lo no cemitério do povoado. Quando Ribeiro começa lembrar da esposa (que era sua prima Luísa) que fugiu com um boiadeiro. Argemiro amava a mulher do primo e desejava ter sido ele a fugir com ela, confessando ao primo que amava sua mulher e foi morar com eles por causa dela, mas sempre respeito o primo. Ribeiro ve isso como uma traição e expulsa o primo enquanto o tremor da maleita lhe atinge

4. DUELO
Turíbio é traído pela mulher com o ex-praça Cassiano Gomes. Ele quer vingar-se, mas mata por engano o inocente Levindo Gomes (irmão de Cassiano). Cassiano persegue Turíbio durante meses. Até que Turíbio vai para São Paulo, torcendo para que Cassiano morra do coração durante sua perseguição, pois este tinha problemas cardíacos. Enfim Cassiano morre do coração, por ter exigido demais de si mesmo durante a "caçada" de Turíbio. Antes de morrer contrata os serviços de um caboclo que lhe devia favores, um tal Timpim Vinte-e-um(Cassiano pagou um médico para o filho de Timpim, que estava doente). Turíbio recebe uma carta de sua esposa, avisando que Cassinno estava morto. Ao voltar de São Paulo, acompanhado por um sujeito franzino, ansioso para rever a mulher é assassinado pelo acompanhante que ero o próprio Timpim que o acompanhava para ter certeza da identidade da vítima.

5. MINHA GENTE
O protagonista-narrador vai passar uma temporada na fazenda de seu tio Emílio, no interior de Minas Gerais. Na viagem é acompanhada por Santana, inspetor escolar, e José Malvino. na fazenda, seu tio está envolvido em uma campanha política.O narrador testemunha o assassinato de Bento Porfírio, mas o crime não interfere no andamento da rotina da fazenda. O narrador tenta conquistar o amor da prima Maria Irma e acaba sendo manipulado pro ela e termina casando-se com Armanda, que era noiva de Ramiro Gouvea.
Maria Irma casa-se com Ramiro. Histórias entrecruzam-se na narrativa: a do vaqueiro que buscava uma rês desgarrada e que provocara os marimbondos contra dois ajudantes; o moleque Nicanor que pegava cavalos usando apenas artimanhas; Bento Porfírio assassinado por Alexandre Cabaça; o plano de Maria Irma para casar-se com Ramiro.
Mesmo contendo os elementos usuais dos outros contos analisados até aqui, este conto difere no foco narrativo na linguagem utilizada nos demais. O autor utiliza uma linguagem mais formal, sem grandes concessões aos coloquialismos e onomatopéias sertanejas. Alguns neologismos aparecem: suaviloqüência, filiforme, sossegovitch, sapatogorof - mas longe da melopéia vaqueira tão gosto do autor.
A novidade do foco narrativo em primeira pessoa faz desaparecer o narrador onisciente clássico, entretanto quando a ação é centrada em personagens secundárias – Nicanor, por exemplo - a onisciência fica transparente.
É um conto que fala mais do apego à vida, fauna, flora e costumes de Minas Gerais que de uma história plana com princípios, meio e fim. Os "causos" que se entrelaçam para compor a trama narrativa são meros pretextos para dar corpo a um sentimento de integração e encantamento com a terra natal.

OBS do Grupo: Doutor: O narrador é o protagonista. Só sabemos que é um "Doutor" por intermédio da fala de José Malvino, logo no início da narrativa: ( “Se o senhor doutor está achando alguma boniteza..."), fora isso, nem mesmo seu nome é mencioando. Notamos também que durante o conto é citado várias "jogadas" do xadres.

6. SÃO MARCOS
Calango Frito é o nome do povoado. José gosta de entrar na mata para caçar, observar a natureza e sempre que passa pela casa de João Mangolô provoca-o. Um dia caminhando pela mata encontra Aurísio Manquitola. Os dois comentam sobre a “Oração de São Marcos” que é capaz de atrair coisas ruins. Aurísio para provar esta teoria conta alguns causos :
• Gestal da Gaita : Silvério teve de pernoitar com Gestal. Gestal reza a Oração e parte para cima de Silvério com uma peixeira, Silvério desvia e Gestral começa a subir pelas paredes até bater a cabeça no teto e cair no chão sem lembrar de nada.
• Tião Tranjão : Amigado de mulherzinha; espezinhado por Cypriano que era amante de sua amásia. Gestal da Gaita com dó ensina a oração a Tião. Tião é acusado de ofender Filipe Turco e na cadeia apanha dos policiais. A meia-noite Tião reza a oração e consegue escapar, ir para casa e bater na amante, no amante da amante e quebrar a casa toda.
José, depois deste enontro com Aurísio, continua andando e se lembra da história dos bambus :

• José troca poesias com um “Quem-Será?”, usando os nós dos bambus para deixar as mensagem para seu interlocutor anônimo, chamado por ele de “Quem será?”
José segue caminhando pela floresta, descansa debaixo de uma árvore e repentinamente fica cego. Caminha desesperado pela mata e resolve rezar a oração de São Marcos. Feito isso deixa a floresta e chega a cabana de Mangolô descobrindo que este fizera um feitiço para deixa-lo cego a fim de lhe ensinar respeito. José ameaça matar o velho , mas volta a enxergar e resolve ter mais respeito pelo velho feiticeiro.

7. CONVERSA DE BOIS
O narrador abre a história contando um fato: houve um tempo em que os bichos conversavam entre eles e com os homens e põe em dúvida se ainda podem fazê-lo e serem entendidos por todos : "por você, por mim, por todo mundo, por qualquer filho de Deus?!"
Manuel Timborna diz que sim, e indagado pelo narrador se os bois também falam, afirma que "Boi fala o tempo todo", dispondo-se a contar um caso acontecido de que ele próprio sabe notícia. O narrador dispõe-se a escutá-lo, mas " só se eu tiver licença de recontar diferente, enfeitado e acrescentando pouco a pouco." Timborna concorda e inicia sua narração.
O narrador nos dirá que o fato começou na encruzilhada de Ibiúva, logo após a cava do Mata-Quatro, em plena manhã, por volta das dez horas, quando a irara Risoleta fez rodopiar o vento. A cantiga de um carro de bois começou a chegar, deixando ouvir-se de longe.
Tiãozinho, o menino guia, aparece na estrada: "(...) um pedaço de gente, com a comprida vara no ombro, com o chapéu de palha furado, as calças arregaçadas, a camisa grossa de riscado, aberta no peito(...) Vinha triste, mas batia ligeiro as alpercatinhas, porque, a dois palmos da sua cabeça, avançavam os belfos babosos dos bois de guia - Buscapé, bi-amarelo (...) Namorado, caracú sapiranga, castanho-vinagre tocado a vermelho.(...) Capitão, salmilhado, mais em branco que amarelo, (...) Brabagato, mirim malhado de branco e de preto. ( ...) Dançador, todo branco (...) Brilhante, de pelagem braúna, ( ...) Realejo, laranjo-botineiro, de polainas de lã branca e Canindé, bochechudo, de chifres semilunares(...)." O carreiro Agenor Soronho, "Homenzarrão ruivo, (...) muito mal encarado" é apresentado aos leitores. Lá vai o carro de bois, carregado de rapaduras, dirigido por Soronho que tinha um orgulho danado de nunca ter virado um carro, desviado uma rota. Quem ia triste era Tiãozinho, fungando o tempo inteiro, semi-adormecido pela vigília do dia anterior, deixava um fio escorrendo das narinas. Ia cabisbaixo e infeliz: o pai morrera na véspera e estava sendo levado de qualquer jeito:
"Em cima das rapaduras, o defunto. Com os balanços, ele havia rolado para fora do esquife, e estava espichado, horrendo. O lenço de amparar o queixo, atado no alto da cabeça, não tinha valido nada : da boca, dessorava um mingau pardo, que ia babujando e empestando tudo. E um ror de moscas, encantadas com o carregamento duplamente precioso, tinham vindo também."

8. CORPO FECHADO
O narrador , médico num vilarejo do interior , é convidado por Mané Fulô, para ser padrinho de casamento. Mané detesta qualquer tipo de trabalho e passa o tempo a contar histórias para o doutor: de valentões; de ciganos que ele, Mané, teria ludibriado na venda de cavalos; de sua rivalidade com Antonico das Pedras, o feiticeiro. Mané possui um cavalo, Beija- Fulô, e Antonico é dono de uma bela sela mexicana; cada um dos dois gostaria muito de adquirir a peça complementar. Aparece Targino o valentão do lugar, e anuncia cinicamente que vai passar a noite antes do casamento com a noiva de Mané. Este fica desesperado, ninguém pode ajudá-lo, pois Targino domina o lugarejo. Aparece então Antonico e propõe um trato a Mané : vai fechar-lhe o corpo, mas exige em pagamento o cavalo. Mané só pôde consentir. Em seguida, enfrenta Targino e o mata. O casamento realiza-se sem problema e Mané Fulô assume o posto de valentão, por ter matado Targino apenas com uma faquinha.

9. A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA
Nhô Augusto é o maior valentão de todo o lugar, gosta de briga e de deboche, tira as namoradas e mulheres de outros, não se preocupa nem com sua mulher nem com sua filha e deixa sua fazenda arruinar-se, Um dia sobrevém o castigo : A mulher o abandona, seus capangas, mal pagos, põem-se a serviço de seu maior inimigo. Nhõ Augusto quer vingar-se mas não morre. Todo ferido, é encontrado por um casal de pretos que o tratam; aos poucos se restabelece. Matraga começa, então uma vida penitência, com os velhinhos vai longe até um lugarejo bem afastado e lá trabalha duramente de manhã a noite, é manso servidor para todo mundo, reza e se arrepende de sua vida anterior. Um dia , passa o bando do destemido jagunço Joãozinho Bem- Bem, que é hospedado por Matraga com grande dedicação. Quando o chefe dos jagunços lhe faz a proposta de integrar-se à tropa e reber ajuda deles, Matraga vence a tentação e recusa. Quer ir para o céu, "nem que seja a porrete" , e sonha com um "Deus valentão" . Um dia, já recuperada a sua força, despede-se dos velhinhos. Chega a um lugarejo onde reencontra o bando de Joãozinho Bem- Bem, prestes a executar uma cruel vingança contra a família de um assassino que fugira. Augusto Matraga opõe-se ao chefe dos jagunços. No duelo ambos se matam. Nessa hora , Nhõ Augusto é identificado por seus antigos conhecidos.
O fragmento que vai se vai ler é a apresentação de Nhõ Augusto. Observe que o personagem tem três nomes: Matraga, Augusto Esteves e Nhõ Augusto. São três os lugares , em que trascorrem as fases de sua vida- Murici, onde vive inicialmente como bandoleiro; O Tombador, onde faz penitência e se arrepende da vida de perversidade ; e o Rala Coco , onde encontra sua hora e vez, duelando com Joãozinho Bem- Bem. Pela estrutura narrativa, pela riqueza de sua simbologia e pelo tratamento exemplar concedido à luta entre o bem e o mal e às angústias, que essa luta provoca em cada homem durante toda a vida , este conto é considerado o mais importante de Sagarana.
"Eu sou pobre, pobre, pobre,vou-me embora, vou- me embora.Eu sou rica, rica, ricavou-me embora, daqui..."(Cantiga Antiga)
"Sapo não pula por boniteza,mas porém, por precisão!"(Provérbio Capiau)
Matraga não é Matraga, não é nada. Matraga é Esteves. Augusto Esteves, filho do Coronel Afonsão Esteves das Pindaíbas e do Saco da Embira . Ou Nhô Augusto - O homem - nessa noitinha de novena, nim lilão de atrás de igreja, no arraial da Virgem Nossa Senhora das Dores do Córrego do Murici.

Termina com a mensagem de que todos temos nossa hora e nossa vez.

domingo, 15 de junho de 2008

Aula 6


Parnasianismo



É o realismo em forma de poesia, que tinha as seguintes características:

*Objetividade, impessoalidade.
*Apego à tradilão clássica.
*Arte pela arte, o esteticismo.
*Busca da perfeição formal.
*Intenso descritivismo.
*Aproximação entre a arte literária e as artes plásticas.


Principais autores:


Olavo Bilac
Ora (direis) ouvir estrelas! "Certo Perdeste o senso !" Eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muitas vez desperto
E abro a janela palido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo !
Que conversas com elas ? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo ?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las !
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e entender estrelas."




Alberto de Oliveira

Em seus poemas preferia falar de taças, vasos, paisagens do ficar flando de problemas no mundo e da sociedade. Por exemplo, alguns títulos de seus poemas: "Vaso grego", "Vaso chines", "A Vingança da Porta", etc.

Temos outros ótimos autores parnasianos, como: Raimundo Correia, Vicente carvalho, Francisca Júlia, etc.

Simbolismo

Difere-se do Parnasianismo apenas na questão de que o simbolismo tinha menos rigor, e praticava mais a arte pela arte.

Principais caracteristicas:

*Predominio da sugestão

*Misticismo

*Emprego de letras maiúsculas

*Musicalidade

*Hermetismo

*Simbolos cosmicos e religiosos

*Emprego de sinestesias

*Desejo da transcedência

*Atração pela morte

Tinha como principais autores: Cruz e Souza, Algusto dos Anjos ,Alphhonsus de Guimaraens, Eduardo Guimaraens, entre outros.

Aula 5

Realismo/ Naturalismo



Motivados pelas teorias científicas e filosóficas da época, os escritores realistas desejavam retratar o homem e a sociedade em sua totalidade. Não bastava mostrar a face sonhadora e idealizada da vida como fizeram os românticos; era preciso mostrar a face nunca antes revelada: a do cotidiano massacrante, do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo humano, da impotência do homem comum diante dos poderosos.

Não podemos falar do realismo sem falar de Machado de Assis, considerado o maior escritor brasileiro!!


Machado de Assis


-Machado de Assis passou por uma faze romantica na começo de sua carreira, mas foi apenas para se amadurecimento.
-Sua segunda faze literaria lhe garantiu o sucesso, o realismo machadiano:
Tendo suas principais caracteristicas:

-Linguagem acadêmica: culta, concisa, objetiva.
-Tempo e espaço contemporâneos: suas histórias tem com pano de fundo a vida carioca.
-Desfechos inesperados: fins surpriendentes, inesperados.
-Narrativa Circular: destacam as digressões, retrospectivas.
-Metalinguagem: o narrador toca o leitor com comentarios sobre o próprio texto.
-Intertextualidade: referência a outros textos e autores.

OBS: Além disso ele também tem uma visão pessimista, amarga, irônica da realidade; critica à burguesia e destroi seus valores; faz uma análise pscológica; escreveu vários livros entres os mais conhecidos: "Memórias póstumas de Brás Cubas", "Dom Casmurro", "Quincas Borba",
"Esaú e Jacó", "Memorial de Aires", etc.



Aluíso Azevedo

Fundador do Naturalismo no Brasil, retratava os tipos humanos marginalizados, em resumo falava da grande parte da população que vivia na miséria e criticava duramente as instituições públicas que pouco fazia pela classe excluida.
Suas principais obras publicadas são: "O mulato", "Casa de pensão", "O cortiço", todos naturalistas.

Raul Pompéia

Outro representante do naturalismo, morreu muito jovem, aos 32 anos, passou a infância no internato, e sua pricipal obra "O Ateneu", foi inspirado nesses anos que estudou no internato Colégio Abílio.
O Ateneu tem forte tom confessional, pode ser classificada na corrente do realismo(crítica á sociedade monarquica), do naturalismo(instintos animalescos) e do impressionismo(carga emotiva das lembraças frustantes). Conta a história narrada em primeira pessoa pelo adulto Sérgio, que expõe suas amargas experiências e recordações da vida no internato.




















segunda-feira, 2 de junho de 2008

Tarsila


Tarsila do Amaral





BIOGRAFIA:





Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa fortuna que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo. Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e adolescência.
Estuda em São Paulo no Colégio Sion e completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pinta seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus”, aos 16 anos. Casa-se em 1906 com André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Separa-se dele e começa a estudar escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente estuda desenho e pintura com Pedro Alexandrino. Em 1920 embarca para a Europa objetivando ingressar na Académie Julian em Paris. Frequenta também o ateliê de Émile Renard. Em 1922 tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do “grupo dos cinco” juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Nessa época começa seu namoro com o escritor Oswald de Andrade. Embora não tenha sido participante da “Semana de 22” integra-se ao Modernismo que surgia no Brasil, visto que na Europa estava fazendo estudos acadêmicos.
Volta à Europa em 1923 e tem contato com os modernistas que lá se encontravam: intelectuais, pintores, músicos e poetas. Estuda com Albert Gleizes e Fernand Léger, grandes mestres cubistas. Mantém estreita amizade com Blaise Cendrars, poeta franco-suiço que visita o Brasil em 1924. Inicia sua pintura “pau-brasil” dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Casa-se no mesmo com Oswald de Andrade. Em 1928 pinta o “Abaporu” para dar de presente de aniversário a Oswald que se empolga com a tela e cria o Movimento Antropofágico. É deste período a fase antropofágica da sua pintura. Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil. Separa-se de Oswald em 1930.
Em 1933 pinta o quadro “Operários” e dá início à pintura social no Brasil. No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes. Passa a viver com o escritor Luís Martins por quase vinte anos, de meados dos anos 30 a meados dos anos 50. De 1936 à 1952, trabalha como colunista nos Diários Associados.



Nos anos 50 volta ao tema “pau brasil”. Participa em 1951 da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza. Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973 .










Tarsila Viajante


Em meio à celebração dos 80 anos de Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, inspirado na pintura "Abaporu", é também concluída a edição de seu catálogo "raisonné", e a obra de Tarsila do Amaral abre-se a novas abordagens e reflexões, como a que inspira esta exposição. Tarsila Viajante reúne cerca de 40 pinturas e 110 desenhos que apresetam a influência das viagens que realizou na contituição de seu repertório visual.


segunda-feira, 17 de março de 2008

Aula 3




Romantismo






O Romantismo surgiu na Europa numa época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam os sistemas de governo despótico e surgia o liberalismo político (não confundir com o liberalismo económico do Século XX). No campo social imperava o inconformismo e no campo artístico o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o climax desse século de oposição. Deste movimento surgiu o Realismo.


Características:

-Anticlassismo (liberdade de pensamento e criação).
-A emoção é mais forte que a razão.
-Subjetivismo (que viriria ser o lirismo).
-O sonho de um lado e o exagero, e a busca pelo exótico e pelo inóspito de outro.
-O Nacionalismo (sentimento de valorização da nação).
-A idealização do mundo e da mulher.
-A fuga da realidade.
-Podemos notar também o pessimismo e um ceerto gosto lúgebre.




Romantismo na Literatura:


O Romantismo surge na literatura quando os escritores trocam o mecenato aristocrático pelo editor, precisando assim cativar um público leitor. Esse público estará entre os pequenos burgueses, que não compreende os valores literários clássicos e aprecia mais a emoção que a sutileza.Tendo o liberalismo como referência ideológica, o Romantismo renega as formas rígidas da literatura, como versos de métrica exata. O romance se torna o gênero narrativo preferencial, em oposição à epopéia. É a superação da Retórica, tão valorizada pelos clássicos.





Romantismo no Brasil:


É dividida em 3 gerações. O principal heroi dos contos romanticos era o índio, que era valoso, nobre, cortês, defensor e servidor da mulher amada. Essa idealização torna o índio um personagem legendário, irreal, mítico, com características de heroi branco.



1ª Geração - (Nacionalista–indianista):


Voltada para a natureza, regressa ao passado histórico e ao medievalismo. Cria um herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação de geração indianista. O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores podemos destacar Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre.


Principais características:

-Nacionalista Ufanista
-Indianista
-Subjetivismo
-Religioso
-Brasileirismo (linguagem)
-Evasão do tempo e espaço


2ª Geração - (Ultra-Romantismo):


Essa geração, também conhecida como Byroniana e Ultra-Romantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua caracteristica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão. Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Junqueira Freire.


Principais características:


-Profundo subjetivismo
-Egocentrismo
-Individualismo
-Evasão na morte
-Saudosismo (lamentação)- Casimiro de Abreu
-Pessimismo


3ª Geração - (Condoreira):


Conhecida também como Condoreira, simbolizado pelo Condor, uma ave que costuma construir seu ninho em lugares muito altos, ou Hugoniana, referente ao escritor francês Victor Hugo, grande pensador do social. Apresenta linguagem declamatória e vem carregada de figuras de linguagem. Sentimento Social Liberal e Abolicionista. Apresenta como principais autores Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto.



Amor Fonte: Google

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Aula 2







Arcadismo





Características:



QUANTO À FORMA:
-Frases na ordem direta
-Ausência quase total de figuras de linguagem
-Manutenção do verso decassílabo, do soneto e de outras formas clássicas.


QUANTO AO CONTEÚDO:

-Pastoralismo
-Bucolismo
-Fugere urbem(fugir da cidade)
-Carpe diem(aproveite o dia)
-Áurea mediocritas
-Elementos da cultura greco-latina
-Convencionalismo amoroso-Idealização amorosa
-Racionalismo




Exemplo do arcadismo na europa foi Manuel Maria Barbosa du Bocage, nascido em portugal, um dois representantes do Arcadismo e do pré-romantismo.



Já Bocage não sou!…
À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento…
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.
(…)

Bocage
(Bocage) Fonte Google



Arcadismo no Brasil:
(1768-1836)



No Brasil o Arcadismo tomou rumo diferente dos moldes europeus, tendo carater mais nacionalista que estes.
O sentimento de apego à terra brasileira aflora, tendo como referência a simplicidade da natureza marcada pela poesia européia. O sentimento nativista preencherá as paginas das obras literárias com a exaltação do índio, que passará a ser visto como herói. Com a publicação de obras poéticas, de Cláudio Manoel da Costa, em 1768, tem inicio o Arcadismo no Brasil destaca-se: Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antonio Gonzaga(Marília de Dirceu), Basílio da Gama, Silva Alvarenga e Frei José de Santa Rita Durão.



(Fugere urben) Fonte: Google



(Carpe diem) Fonte: Google